terça-feira, 31 de maio de 2011

A coleta do mal.


Outro problema grave que estamos enfrentando na capital de Santa Catarina são questões referentes à reciclagem. A coleta seletiva começou a ser praticada em 1986 na cidade, desde então pouca coisa evoluiu. A falta de estrutura e o alto custo fazem do processo de reciclagem um grande problema. A necessidade de investimentos nesta área é algo que precisa ser levado a sério. Mas a conscientização da população à respeito deste assunto também tem que ser levada em conta. Muitas vezes as pessoas querem reciclar e não sabem como fazer ou qual é a maneira correta. Feita de maneira equívocada influenciam diretamente nos resultados obtidos pela Associação dos Coletores de Materiais Recicláveis, orgão respónsavel por está tarefa. Investir em cursos para capacitar as pessoas para melhor separar seu lixo é uma solução. Colocar a população em contato direto com este problema pode trazer melhoras consideráveis e é um direito que pode e deve ser cobrado, entre tantos que passam desapercebidos por nós.
Hoje, Florianópolis produz cerca de 450 toneladas de lixo por dia, sendo 30% do mesmo passível de reciclagem, porém apenas 5% é recolhido. Se levarmos em consideração a importância do ato de reciclar para o planeta, estes números são inaceitáveis para qualquer capital brasileira. E se ainda levarmos em conta o caráter turístico da cidade, a situação é mais crítica.
A responsabilidade é de todos, governos em todas as esferas e sociedade civil. Os problemas enfrentados em todo o mundo por questões relacionadas ao lixo são cada vez mais evidentes, chegando ao ponto de recebermos em nossos portos containers com lixo vindos do "primeiro mundo", pois não se sabe o que fazer por lá com a quantidade que é produzida. Talvez produzir menos seja uma solução. O consumismo está diretamente ligado a quantidade de lixo que se produz.
É preciso que este assunto seja discutido por todos e que entendamos as causas dos nossos atos com relação ao lixo que produzimos. Existem diversas soluções para este assunto e o nosso estado tem condições de se tornar rapidamente referência neste quesito, basta que todos se mexam, e busquem assumir suas responsabilidades como cidadãos.