terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sente o DRAMA...

- Ministério da Justiça cria força-tarefa para desafogar sistema penitenciário de Santa Catarina- Em outras palavras, falência total do estado... Essa é a chamada da última matéria de capa do diário on-line. Fui obrigado a retornar com o blog, e agora estamos aí... Isso é uma prova que evidência a falência do poder do estado. Não quero entrar em discussões de cunho partidário, de maneira alguma. Isso é apenas uma constatação evidente de que o estado não dá conta das suas obrigações básicas. A história resumida é mais ou menos assim, está sendo criada uma “força tarefa” para acompanhar casos de detentos que já cumpriram suas penas, ou já poderiam de alguma maneira estar gozando de liberdade, mesmo que provisória, porém ainda estão inflando o nosso sistema carcerário, que por si só, já é ultrapassado e vergonhoso. Quer dizer, até a superlotação dos presídios é influenciada pela incompetência do estado. O ponto de vista dessa minha singela análise é simples, faz tempo que o nosso governo não faz nem o básico. A saúde é uma vergonha, pessoas morrem nas filas. A educação passa por momentos lamentáveis, onde o descaso com os professores talvez seja o ponto primordial deste assunto, mas podemos citar a qualidade da estrutura física das nossas escolas, entre outras. A segurança é uma palhaçada, somos reféns de uma polícia corrupta e de um crime cada vez mais “organizado”. Sei que estes assuntos vão muito mais além do que a minha simples indignação. E agora estamos nos dando conta que nem a Justiça de Santa Catarina, e provavelmente de nenhum estado da Federação, tem dado conta de suas atribuições. Os três poderes precisam claramente de reformas. A sociedade precisa urgentemente se mobilizar, e ser mais do que vem sendo nos últimos anos, precisamos ser os fiscalizadores desta grande zoeira que está o nosso país. É verdade que hoje existem grandes figuras fazendo o papel que deveria ser do estado, só pra citar algumas, a CUFA, a Liga Solidária, o Afroreggae, entre outros. Um trabalho magistral que deveria auxiliar o estado e contribuir para a evolução dos valores humanos da nossa sociedade. Mas a verdade é que essas pessoas fazem o trabalho deles e mais o trabalho que é de competência do estado. Existe uma inversão de valores que está cada vez mais clara e evidente, já não bastassem os salários absurdos que os políticos e membros do judiciário recebem, ainda temos que fazer o trabalho que lhes compete. Pessoas morrem, ficam presas quando já podiam estar livres, recebem salários ridículos, enquanto uma corja de assassinos ri da nossa falta de organização. A grande pergunta é o que vamos fazer? Nada. Esse momento atual em que vivemos é propício para uma grande reflexão. Um torcedor morreu na Bolívia, atingido por um sinalizador, ônibus são queimados a esmo em Santa Catarina, bases da polícia, e pior ainda, os próprios policiais são alvos de facções criminosas, pessoas honestas são assassinadas nas favelas da vida. Isso é um reflexo da nossa inércia como cidadãos. Há algum tempo atrás devido ao momento político em que vivíamos,uma ditadura, a sociedade parecia estar focada em mudanças, e efetivamente houve grandes mudanças. A minha proposta para o hoje é que haja uma mobilização contra o descaso, o nosso momento político é diferente, mas acredito que o nosso momento como sociedade seja semelhante, com a diferença que na época passada éramos reféns dos militares, que por mais cruéis que fossem tinham um código de ética, hoje somos reféns de facínoras que tem um único objetivo, se dar bem as nossas custas. Pensem bem, alguns podem até sentir saudade da ditadura, não é o meu caso. O fato é que precisamos nos organizar, pois o estado não o fará. Precisamos fiscalizar, precisamos mudar, precisamos fazer diferente, e principalmente precisamos parar com a inversão de valores, pois sabemos quem são os culpados. Mas se sabemos e não fazemos nada, a culpa também é nossa? SIM!!! Início hoje a proposta de uma campanha. A campanha do EU FAÇO DIFERENTE. Peço que pensem sobre o assunto e tragam à tona suas indignações e seus anseios. Pelo amor de DEUS, precisamos nos indignar...